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Imunização: entenda como fica o novo esquema vacinal contra a pólio
Doses orais, as populares gotinhas, foram aposentadas e substituídas pela aplicação injetável
O esquema vacinal contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, passou por mudanças recentemente, e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reforça as orientações sobre a imunização contra a doença. Na prática, as doses orais, as populares gotinhas, foram aposentadas e substituídas pela Vacina Inativada Poliomielite (VIP), de aplicação injetável.
Desde novembro de 2024, crianças de dois, quatro e seis meses recebem exclusivamente a vacina injetável. Além disso, uma dose injetável de reforço deve ser aplicada aos 15 meses de vida. Vale lembrar que o esquema vacinal antigo previa a aplicação de três doses da vacina injetável e outras duas doses via oral como reforço.
A enfermeira do Programa Nacional de Imunização em Alagoas (PNI/AL), Alanna Correia, explica que a modificação foi realizada pelo Ministério da Saúde. “Essa mudança aconteceu para tornar o esquema vacinal contra a pólio ainda mais efetivo e seguro. Portanto, a gotinha parou de existir, mas a proteção para as crianças segue a mesma”, afirmou. Alanna Correia recomendou, ainda, que os pais com crianças menores de quatro anos levem os seus filhos até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima com a caderneta de vacinação para avaliar a necessidade de aplicação do reforço com a versão oral do imunizante. Já nos casos em que foram aplicadas as duas doses de reforço em gotinhas, o esquema estará completo.
Vale citar que a substituição da dose oral pela injetável tem o aval da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização e é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em Alagoas, a cobertura vacinal contra pólio chegou a 90,27% em 2024. A meta preconizada pelo MS é vacinar, no mínimo, 95% das crianças de 1 a menores de 5 anos de idade.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, a nova é mais um passo na erradicação no Brasil da poliomielite. O país está há 34 anos sem a doença. O personagem Zé Gotinha, símbolo da campanha contra a doença, deve continuar sendo usado, mesmo com o fim do uso da vacina oral, para alertar a população sobre a importância da vacinação.
A poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e, em casos graves, pode acarretar paralisia nos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção contra a poliomielite.
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