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Quem é Gustavo Pontes, secretário afastado após operação da Polícia Federal em Alagoas

Médico ortopedista com trajetória na rede pública, ele comandava a Secretaria de Saúde desde maio de 2022

Gustavo Pontes - Fotos: Ascom Sesau

Afastado do cargo após a deflagração de uma operação da Polícia Federal (PF) em Alagoas, Gustavo Pontes de Miranda Oliveira é médico ortopedista, natural de Maceió, nascido em 1971, com atuação na área da saúde pública, gestão hospitalar e atendimento de urgência. Ele estava à frente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) desde 16 de maio de 2022.

Formado em Medicina pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Gustavo Pontes realizou residência médica em ortopedia e traumatologia e especialização em cirurgia de reconstrução do quadril na Fundação Hospitalar do Distrito Federal. No início dos anos 2000, ingressou por concurso público tanto na Sesau quanto na Uncisal.

Durante sua trajetória profissional, também atuou por dois anos como médico socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ao longo de mais de 22 anos de carreira, ocupou funções de direção e coordenação em unidades hospitalares e recebeu o título de cidadão honorário de Santana do Ipanema, em reconhecimento à sua atuação como coordenador do setor de trauma e ortopedia do Hospital Regional Dr. Clodolfo Rodrigues de Melo.

Sua atuação administrativa começou em 2009, quando assumiu a direção médica do Hospital Dr. Arsênio Moreira de Lima, em Santana do Ipanema, sem deixar o atendimento médico. Em 2020, passou a ocupar a direção médica do Hospital Veredas, em Maceió. Pela especialização em ortopedia, foi um dos pioneiros em cirurgias da área no interior do estado, com atuação em municípios como Porto de Pedras, Jacuípe e União dos Palmares, experiência que o aproximou das demandas do Sistema Único de Saúde (SUS) alagoano.

O afastamento de Gustavo Pontes ocorreu após a operação Estágio IV, deflagrada nesta terça-feira (16/12) pela Polícia Federal. A ação investiga suspeitas de corrupção, desvio de recursos do SUS e lavagem de dinheiro no âmbito da Sesau. Por determinação judicial, ele foi afastado do cargo por 180 dias, enquanto as investigações seguem em andamento.