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Projeto Angola Janga é lançado em União dos Palmares com foco na educação antirracista
Ação celebra ancestralidade e promove oficinas, cinema, palestras e apresentações culturais
O Projeto Angola Janga – Em defesa da equidade, por uma educação antirracista –, foi lançado na última sexta-feira (4/4), no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, em União dos Palmares. A iniciativa é do Centro de Formação e Inclusão Social Inaê e do Ministério da Cultura, por meio da Fundação Cultural Palmares. O projeto também conta com o apoio do Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, e da Prefeitura de União dos Palmares.
A ação conecta passado, presente e futuro, celebrando a ancestralidade e a força da cultura afro-brasileira por meio de oficinas, mostras de cinema, seminários, palestras e apresentações culturais. Durante toda a semana, estudantes da Escola Estadual Carlos Gomes de Barros participaram de atividades como a Oficina de Dança Afro, Oficina de Gastronomia Afro-brasileira, Cine Oju Obá, Seminário de Intercâmbio Cultural e Oficina de Penteados e Turbantes. O ponto alto do projeto foi a apresentação da peça teatral Angola Janga, que emocionou o público presente no encerramento.
“Ao longo de quase 2 meses de trabalho, hoje, finalmente vai culminar no momento que a gente mais esperava, que é a estreia deste projeto lindo. Fazer esse personagem Zumbi, num ambiente como esse, na Serra da Barriga, o coração, o berço de onde a luta começou e a resistência se fez presente. Um ambiente espiritual, onde a gente começa a sentir, em cada cantinho, a presença da nossa ancestralidade. A estreia foi ao lado da Lagoa, muito representativa, onde foi lá, onde nossos ancestrais lutaram e resistiram”, disse o ator Igor Vasconcelos.
A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, destacou a importância do projeto para a valorização das raízes e para a construção de uma sociedade mais justa.
“Apoiar o Projeto Angola Janga reafirma o compromisso do Estado com a promoção da equidade racial e da educação antirracista. Iniciar essa ação na Serra da Barriga, território sagrado da resistência negra, é um gesto de reparação histórica e de valorização da cultura afro-brasileira. É dever do poder público garantir que a memória, a identidade e os saberes do nosso povo sejam preservados, difundidos e respeitados”, disse.
A assessora de Governança da Cultura, Alessandra Barros, que esteve presente no lançamento, também ressaltou o papel transformador da arte e da educação.
“Esse projeto mostra que é possível transformar realidades por meio da valorização da história e da cultura afrodescendente. As atividades realizadas com os jovens, especialmente nas escolas, plantam sementes de respeito, identidade e pertencimento”, falou.
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