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Relatório médico aponta que sistema prisional de Alagoas pode manter tratamento de Collor

Documento enviado ao STF destaca necessidade de atenção à idade e ao quadro psiquiátrico do ex-presidente

Fernando Collor durante a audiência na sede da PF em Alagoas - Fotos: Reprodução

O relatório médico feito na entrada de Fernando Collor no presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, aponta que o sistema prisional alagoano possui condições de manter o tratamento de saúde do ex-presidente. O documento, elaborado pela médica Kênia Andrade, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta segunda-feira (28/4).

Collor, de 75 anos, deu entrada na unidade prisional na última sexta (25), e, durante avaliação inicial, teve medidas como pressão arterial, saturação de oxigênio e frequência cardíaca verificadas, sem alterações no momento da prisão. Ele relatou o uso diário de oito medicamentos, incluindo antidepressivos, tratamento para Parkinson, úlceras gástricas e controle de colesterol. Também informou utilizar um aparelho CPAP à noite, devido à apneia do sono.

O laudo ressalta que, embora o tratamento possa ser mantido dentro do sistema prisional, é necessário cuidado com a idade avançada do ex-presidente e possíveis agravamentos em seu quadro psiquiátrico.

A defesa de Fernando Collor insiste para que ele cumpra sua pena de oito anos e dez meses em prisão domiciliar, citando doenças como Parkinson, Transtorno Afetivo Bipolar e apneia do sono grave. Apesar disso, durante audiência de custódia, o ex-presidente negou sofrer de problemas de saúde.

Nesta terça-feira (29), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a defesa apresente a íntegra dos exames médicos, incluindo exames de imagem e esclarecimentos sobre a ausência de laudos entre os anos de 2019 e 2022. As informações servirão de base para a decisão sobre o pedido de prisão domiciliar.

*Com informações de Agências