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Brasil gera quase 150 mil empregos formais em maio, com destaque para jovens e setor de serviços

Dados do Novo Caged mostram saldo positivo de 148.992 vagas; São Paulo lidera criação de postos, enquanto RS é único com saldo negativo

Geração de empregos com carteira assinada aumentou no Brasil - Fotos: Tânia Rego/Agência Brasil

O Brasil fechou o mês de maio com um saldo positivo de 148.992 postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No acumulado do ano, o país já gerou 1.051.244 milhões de vagas, com crescimento de 2,3% no estoque total de empregos formais, que agora soma 48,2 milhões.


Setor de serviços lidera criação de vagas

A análise por setores mostra que:

- Serviços liderou com 70.139 postos criados
- Comércio gerou 23.258 empregos
- Indústria teve saldo positivo de 21.569
- Agropecuária criou 17.348 vagas
- Construção civil acrescentou 16.678 postos

SP, MG e RJ concentram oportunidades


Entre os estados, os maiores geradores de emprego foram:

- São Paulo (+33.313)
- Minas Gerais (+20.287)
- Rio de Janeiro (+13.642)

O Acre registrou o maior crescimento relativo (1,24%), enquanto o Rio Grande do Sul foi o único com saldo negativo (-115 vagas).

Jovens e mulheres impulsionam números


O mercado mostrou desempenho especialmente positivo para:

- Mulheres (+78.025) contra homens (+70.967)
- Jovens de 18 a 24 anos (+98.003), principalmente no comércio e indústria
- Pessoas com ensino médio (+113.213)
- Trabalhadores pardos (+116.476)
- Pessoas com deficiência (+902)

Desafios nos salários


O ministro Luiz Marinho destacou que os baixos salários ainda são entrave para atração de jovens, com média de admissão em R$ 2.248,71 - queda de 0,5% em relação a abril. Ele defendeu revisão de pisos salariais para tornar o mercado formal mais atrativo.

"Dos 148 mil [postos de trabalho], nós temos a esmagadora maioria de jovens. Então, derruba por terra essa certeza de muita gente de que os trabalhadores jovens não estão aceitando ir para o mercado de trabalho", afirmou Marinho, ressaltando a necessidade de melhorar remunerações.

Os dados mostram recuperação gradual do emprego, com desafios persistentes na qualidade das vagas oferecidas. O desempenho setorial reflete a retomada de atividades intensivas em mão de obra, enquanto as disparidades regionais seguem como ponto de atenção para políticas públicas.