Nesta quinta-feira (24), professores e funcionários da rede estadual de educação realizaram um protesto em frente à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), em Maceió. A manifestação, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), começou com concentração na Praça dos Martírios e seguiu até a sede da Sefaz, onde os profissionais cobraram respostas da secretária Renata Santos sobre as reivindicações da categoria.

Durante o ato, os manifestantes carregaram bandeiras, cartazes e realizaram batucadas, além de levarem simbolicamente um porquinho de cerâmica para pressionar pela abertura do "cofre" da educação. "Renata, chegamos!", afirmou o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro, destacando que o principal impasse é a falta de repasse de recursos. "á sabemos que tem recursos específicos da educação, o FUNDEB é nosso! Não tem justificativa para não implantar a merecida valorização. Paulo Dantas, pare de enganar a população e libere o dinheiro da educação!", criticou.

A greve foi mantida após assembleia geral na última terça-feira (22), com a categoria rejeitando a proposta do governo estadual. O Sinteal acusa o governador Paulo Dantas de negligenciar o setor e exige a destinação adequada de verbas para melhorias salariais e condições de trabalho.

A Sefaz recebeu o protesto com as portas fechadas e policiais militares fazendo segurança. Mesmo assim, os manifestantes ocuparam a frente do prédio e chegaram a interditar a rua General Hermes por alguns minutos, chamando a atenção da população. "Ainda estamos aqui para mostrar a força da nossa mobilização. A greve está firme, está acontecendo, não adianta apelar para ilegalidade, ou ficar falando que a educação está às mil maravilhas, o importante é negociar, valorizar, e encerrar a greve garantindo qualidade na educação", reforçou Izael.

Na tentativa de mediar o conflito, o Sinteal marcou uma reunião com desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) para esta sexta-feira (25). "É muito importante esse papel que os representantes da justiça cumprem, de ouvir os representantes da educação para ajudar a solucionar esse impasse que estamos vivendo com o Governo", disse o líder sindical. A categoria fará nova assembleia na terça-feira (29) para avaliar os avanços das negociações e decidir sobre a continuidade ou não do movimento grevista.

Enquanto isso, os profissionais seguem mobilizados, pressionando por uma solução que garanta melhores condições para a educação pública no estado.