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Ex-diretor da PRF nega ordens para bloquear eleitores no Nordeste em 2022
Silvinei Vasques afirma em interrogatório que operações tinham objetivo de coibir crimes eleitorais

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, depôs nesta quinta-feira (24) no Supremo Tribunal Federal (STF) negando ter determinado blitzes seletivas no Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022. Réu no núcleo 2 da ação sobre a suposta trama golpista, Vasques foi interrogado pelo juiz auxiliar Rafael Tamai, representante do ministro Alexandre de Moraes.
Durante o interrogatório, Vasques defendeu que as operações da PRF em 30 de outubro de 2022 visavam coibir crimes eleitorais como transporte irregular de eleitores e bloqueios em rodovias. "Todas as determinações que recebemos entendi como dever legal. Não identifiquei nenhuma ilegalidade nas orientações do então ministro Anderson Torres", declarou. O ex-diretor ressaltou que as ações ocorreram em todo o país, não apenas no Nordeste - região onde o presidente Lula obteve maior vantagem eleitoral.
Dados das operações
As investigações revelam disparidades nos números da PRF no dia da votação:
- Nordeste: 795 policiais empregados e 2.185 ônibus fiscalizados
- Demais regiões somadas: 1.549 agentes e 2.406 veículos parados
Os dados mostram que o Nordeste concentrou 34% do efetivo nacional e 47% das fiscalizações de transporte coletivo.
O caso está em fase final de instrução, com previsão de julgamento para o segundo semestre. O núcleo 1, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro, deve ser julgado em setembro.
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