O governo federal lançará, na próxima semana, uma reformulação do Auxílio Gás, com o objetivo de garantir que famílias de baixa renda tenham acesso direto ao botijão de gás de cozinha (GLP), substituindo o modelo atual de repasse financeiro baseado no preço médio nacional.

A proposta foi anunciada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, nesta quarta-feira (27), durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Segundo ele, o programa vai crescer gradualmente, atendendo até 15,5 milhões de famílias — mais de 46 milhões de pessoas — já em março.

O benefício é destinado a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda igual ou inferior a meio salário mínimo. Atualmente, cerca de 5,6 milhões de famílias recebem o auxílio, número que deverá ultrapassar 20 milhões com a reformulação. Para 2026, o governo prevê R$ 13,6 bilhões em recursos para o programa.

No modelo atual, cada família recebe R$ 108 a cada dois meses, valor que representa a média nacional do preço do botijão de 13kg. A mudança prevê a entrega de um vale crédito, a ser utilizado em distribuidoras cadastradas, permitindo que os beneficiários comprem o botijão apresentando apenas o CPF.

Segundo o ministro, o benefício financeiro fixo nem sempre cobre o preço real do botijão, que pode variar significativamente entre regiões. “Estamos falando de um valor médio, entre R$ 105 e R$ 109, enquanto em algumas localidades o botijão chega a R$ 160 ou R$ 170”, explicou Rui Costa.

O programa busca não apenas garantir a dignidade alimentar das famílias, mas também reduzir acidentes domésticos. “Com a entrega do botijão, evitaremos queimaduras de crianças e mulheres que, na falta do gás, recorrem a líquidos inflamáveis para cozinhar”, complementou o ministro.

*Com informações da Agência Brasil