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STF pode determinar cumprimento das penas de Bolsonaro e aliados até dezembro
Ex-presidente e sete condenados na trama golpista aguardam definição de recursos; execução das penas deve ocorrer em celas especiais ou em prisão domiciliar
O ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados condenados na ação penal relacionada à trama golpista podem começar a cumprir as penas até dezembro de 2025, caso os recursos apresentados pelas defesas sejam rejeitados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na última quinta-feira (11), a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e seus aliados a penas que variam entre 16 e 27 anos de prisão em regime fechado. No entanto, o cumprimento das penas ainda não é imediato, pois os réus têm o direito de recorrer da decisão.
Segundo fontes do STF ouvidas pela Agência Brasil, a publicação do acórdão, documento oficial com os votos dos ministros, ocorrerá nos próximos 60 dias. Após isso, as defesas terão cinco dias para apresentar embargos de declaração, recurso destinado a esclarecer possíveis omissões ou contradições no texto final do julgamento. Geralmente, esse recurso não altera o resultado e tende a ser rejeitado, podendo ser julgado entre novembro e dezembro.
Caso os recursos sejam indeferidos, o STF determinará a execução imediata das penas. Como a votação da Primeira Turma foi de 4 a 1 a favor da condenação, os réus não poderão levar o caso ao plenário do Supremo.
Locais de cumprimento das penas
Os réus com patentes militares ou funções especiais têm direito a prisão diferenciada, de acordo com o Código de Processo Penal (CPP). Entre os condenados, quatro são do Exército, um da Marinha e dois são delegados da Polícia Federal.
As celas especiais ficam localizadas no Presídio da Papuda, no Comando Militar do Planalto (CMP) e na superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A definição do local será feita pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação.
Possibilidade de prisão domiciliar
Bolsonaro também pode cumprir pena em casa devido a problemas de saúde decorrentes da facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. No entanto, essa medida depende de análise e decisão do ministro Alexandre de Moraes. Atualmente, o ex-presidente já se encontra em prisão domiciliar em outro processo, relacionado à investigação sobre o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.
Réus condenados
• Jair Bolsonaro (capitão) – ex-presidente
• Alexandre Ramagem – delegado da PF e deputado federal, ex-diretor da Abin
• Anderson Torres – delegado da PF, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
• Almir Garnier – almirante, ex-comandante da Marinha
• Augusto Heleno – general, ex-ministro do GSI
• Paulo Sérgio Nogueira – general, ex-ministro da Defesa
• Walter Braga Netto – general, ex-ministro e candidato a vice na chapa de 2022
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, tenente-coronel do Exército, assinou acordo de delação premiada e não precisará cumprir pena.
*Com Agência Brasil
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