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Polícia Federal prende grupo suspeito de fraudar a Caixa em R$ 500 mil em Alagoas

Operação cumpriu mandados em três municípios e revelou esquema com documentos falsos usados para abrir contas e obter empréstimos fraudulentos.

Polícia Federal prende grupo suspeito de fraudar a Caixa em R$ 500 mil em Alagoas - Fotos: Assessoria/PF

A Polícia Federal (PF) em Alagoas desencadeou nesta terça-feira (23/9) a Operação Máscara de Vidro, que desarticulou um grupo suspeito de aplicar golpes milionários contra a Caixa Econômica Federal (CEF). As investigações apontam para crimes de estelionato majorado, falsificação e uso de documentos públicos e privados, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O esquema funcionava em pelo menos cinco municípios alagoanos — Maceió, Santana do Ipanema, Arapiraca, Porto Calvo e Olho D’Água das Flores. De acordo com a PF, os investigados usavam documentos de identidade falsificados, mas com suas próprias fotografias, para abrir 12 contas fraudulentas em agências da Caixa. A partir delas, contrataram cartões de crédito, empréstimos e utilizaram limites de cheque especial. Os valores eram transferidos em cadeia para várias contas, numa tentativa de ocultar a origem ilícita, até chegarem às contas dos indiciados.

Na operação desta terça-feira, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão nas cidades de Maceió, Atalaia e Boca da Mata. A Justiça também determinou o sequestro de aproximadamente R$ 500 mil, quantia considerada o lucro ilícito do grupo.

Os indiciados responderão por estelionato majorado contra a Caixa Econômica Federal (art. 171, §3º, do Código Penal), falsificação de documentos (arts. 297 e 298), lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98) e associação criminosa (art. 288). Se condenados, as penas podem somar até 27 anos de prisão.

O nome da Operação (Máscara de Vidro) é uma alusão ao modus operandi empregado para executar a fraude, com a utilização de fotografias dos próprios investigados em documentos de identidade de terceiros, a fim de ludibriar a Caixa Econômica Federal, cujas verdadeiras faces ora foram identificadas.