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Metanol: entenda os riscos, identifique os sintomas e saiba como agir em casos suspeitos

Orientações do Ministério da Saúde alertam sobre intoxicação e medidas de prevenção frente ao consumo de bebidas adulteradas

Metanol: entenda os riscos, identifique os sintomas e saiba como agir em casos suspeitos - Fotos: Reprodução

Com o aumento de notificações de intoxicação por metanol, o Ministério da Saúde reforçou a vigilância e divulgou orientações sobre os cuidados que devem ser tomados em caso de suspeita de consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. O metanol, utilizado em solventes e outros produtos químicos, é extremamente tóxico para o organismo humano, podendo comprometer o fígado, cérebro e nervos ópticos, e em situações graves causar cegueira, coma ou até a morte.

Até o momento, o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) recebeu 43 notificações: 39 em São Paulo, sendo 10 confirmados e 29 em investigação, e 4 em Pernambuco, todos em investigação. Um óbito foi registrado em São Paulo, enquanto outros sete casos permanecem sob análise. Além disso, quatro notificações suspeitas já foram descartadas.

Prevenção e cuidados para a população

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha orientou sobre medidas preventivas para quem consome bebidas alcoólicas: não dirigir após o consumo, manter-se hidratado e bem alimentado, e sempre verificar a procedência das bebidas, conferindo se o lacre está intacto.

Os sintomas da intoxicação por metanol podem surgir entre 12 e 24 horas após a ingestão e muitas vezes se confundem com os efeitos de uma ressaca. Entre os sinais mais comuns estão: dor abdominal, alterações na visão, confusão mental e náusea. Em caso de qualquer sintoma, a população deve buscar atendimento imediato em serviços de emergência, informando o consumo de bebida alcoólica, o tipo de bebida, o contexto em que foi ingerida e o horário aproximado.

Orientações para profissionais de saúde

Ao suspeitar de intoxicação por metanol, os profissionais devem contatar imediatamente o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da região. Atualmente, o Brasil conta com 32 CIATox distribuídos em 19 estados, com equipes compostas por médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros especialistas. Esses centros auxiliam na notificação, investigação e orientação sobre o tratamento adequado.

Tratamento

Nos casos confirmados, o etanol farmacêutico é o antídoto indicado, podendo ser administrado por via oral ou intravenosa. A aplicação é sempre controlada e, quando necessário, os CIATox ou as secretarias de saúde solicitam a manipulação do produto em laboratórios ou farmácias especializadas.