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Vereadores criticam governo de Alagoas por colocar em risco atendimento de saúde mental

Leilão do imóvel do Caps II Dr. Rostan Silvestre em Maceió gera protestos e preocupação sobre continuidade dos serviços

Câmara Municipal de Maceió - Fotos: Assessoria

A decisão da Prefeitura de Maceió de ingressar na Justiça para anular o leilão do imóvel onde funciona o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) II Dr. Rostan Silvestre, na Jatiúca, gerou ampla repercussão durante a sessão ordinária da Câmara Municipal, nesta quarta-feira (29/10). O governo estadual realizou o leilão da área, e o Município tenta reaver o espaço para garantir a continuidade dos atendimentos em saúde mental.

O vereador Neto Andrade foi o primeiro a se manifestar, afirmando que a iniciativa do Governo do Estado vai na contramão da política de ampliação dos serviços de saúde mental. “Com a iniciativa do governo, quem será penalizada é a população que precisa dos serviços de amparo à saúde mental. É preciso abrir novas estruturas e ampliar os atendimentos”, declarou.

A vereadora Teca Nelma também criticou o leilão e destacou que o Plano Plurianual (PPA) da Prefeitura não prevê a construção de novos Caps em Maceió, o que tornaria a perda do imóvel ainda mais grave. Já o vereador Leonardo Dias lembrou que o terreno foi cedido ao Município por uma lei de 1978 e possui função social definida, defendendo que o Estado reconsidere a decisão.

O presidente da Câmara, Chico Filho, confirmou que o prefeito JHC já judicializou o caso para tentar barrar o leilão e evitar a paralisação dos serviços. O vereador David Empregos, vice-líder do governo municipal, reforçou que o espaço recebeu quase R$ 2 milhões em investimentos e é essencial para os cuidados em saúde mental.