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Júri condena autor de massacre em Satuba por crime motivado por dívida de R$ 1,50
Marcelo de Souza Lins recebeu pena superior a 21 anos por matar duas pessoas e ferir outras três durante festa de São João em 2003
O Ministério Público de Alagoas obteve a condenação de Marcelo de Souza Lins a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão em regime fechado, por um crime que chocou a cidade de Satuba há mais de duas décadas. O réu foi julgado no dia 28 de novembro pelo duplo homicídio e pelas três tentativas de homicídio cometidas durante uma tradicional festa de São João, em 26 de junho de 2003, episódio que ficou conhecido como o “Massacre da Praça Central”. A motivação do ataque foi uma dívida de apenas R$ 1,50.
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O julgamento contou com a atuação do promotor de Justiça Magno Alexandre Moura. Marcelo, que já estava custodiado em São Paulo por assalto, acompanhou o júri desde o sistema penitenciário paulista. Ele foi condenado pelas mortes de Edmilson Clemente e Fernando Clemente Lisboa e pelos atentados contra Edilson Clemente, Eliane da Conceição Souza e Anderson Francisco de Melo.
Segundo relatou o Ministério Público, as vítimas participavam da festa quando Marcelo chegou armado e atirou contra o grupo. O ataque teve início após um desentendimento envolvendo o pagamento de um refrigerante na barraca da família do réu. Edilson Clemente entregou R$ 10 e prometeu retornar com o restante do valor porque faltava o troco para R$ 50. Ao saber do episódio, Marcelo se dirigiu até ele e disparou, atingindo tanto Edilson quanto as demais pessoas ao seu redor.
Durante a sessão, o promotor sustentou a acusação por homicídio duplamente qualificado, destacando a frieza do ato, o motivo fútil e o uso de recurso que impediu qualquer chance de defesa das vítimas — algumas estavam de costas no momento dos disparos. Os jurados acolheram integralmente a tese do Ministério Público. “Foram crimes covardes, cometidos por um motivo insignificante. A condenação reafirma que, mesmo após 22 anos, a justiça foi alcançada”, afirmou Magno Alexandre.
Familiares das vítimas acompanharam todo o julgamento e agradeceram a atuação do Ministério Público após o anúncio da sentença.
Na decisão, a juíza Veridiana de Oliveira ressaltou a gravidade do caso, o contexto de grande aglomeração em que tudo ocorreu e o risco que o ataque representou para a coletividade. A pena definitiva foi fixada em 21 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado.
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