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Promotor critica reincidência e diz que influenciador Babal Guimarães “não apresenta condições de viver em sociedade”

Wesley Fernandes, da 51ª Promotoria da Capital, destacou que esta é a terceira agressão atribuída a Babal

Babal Guimarães - Fotos: Reprodução/Instagram

O promotor Wesley Fernandes, da 51ª Promotoria de Justiça da Capital, se manifestou nesta quarta-feira (10/12) após a prisão do influenciador Babal Guimarães, novamente envolvido em um episódio de violência contra mulher. Ele foi detido poucos dias depois de vir à tona um vídeo que registrou uma agressão contra a namorada, a influenciadora Karla Lessa, na frente de um edifício em Maceió.

Fernandes informou que este é o terceiro caso atribuído ao influenciador. As imagens do episódio mais recente, gravadas no dia 28 de novembro por uma câmera de segurança, mostram Babal puxando o cabelo de Karla, pressionando-a contra a parede e arremessando um objeto durante uma discussão.

Babal cumpria pena em regime aberto por um crime de violência doméstica praticado contra a ex-esposa em 2019, no município de Penedo. Com a nova ocorrência, o Ministério Público pediu, e a Justiça autorizou, a regressão cautelar do regime.

De acordo com o promotor, o novo episódio evidencia desrespeito às determinações judiciais e à própria concessão do benefício. “Além de configurar um novo delito, também configura falta grave nos termos da Lei de Execução Penal. A situação demonstra que, ao menos neste momento, o apenado não apresenta condições de viver em sociedade. Desrespeita as decisões do Poder Judiciário quando da concessão da progressão do regime e, o mais importante, demonstra total indiferença à condição de mulher”, afirmou.

Na decisão judicial, o magistrado responsável destacou que o influenciador já havia sido advertido de que qualquer descumprimento acarretaria regressão automática. Para o juiz, o novo ato tornou inviável a continuidade do regime anterior. “O combate a situações dessa natureza precisa ser firme e contínuo. Não há espaço para tolerância”, reforçou Fernandes.

A investigação sobre o caso está em curso e conduzida pela delegada Ana Luiza Nogueira, responsável por apurar os detalhes das agressões.