Condenado a 24 anos e 6 meses de prisão no processo que apura a atuação do Núcleo 2 da trama golpista, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques deixou o Brasil na véspera de Natal levando consigo um cachorro da raça pitbull, além de ração e tapetes higiênicos para animais. À época, ele cumpria prisão domiciliar, mas rompeu a tornozeleira eletrônica para evitar o início do cumprimento da pena.

A fuga ocorreu na madrugada do dia 25 de dezembro. Imagens do circuito interno de segurança do prédio onde Vasques morava, em São José, na Grande Florianópolis, registraram a movimentação antes da saída. Os vídeos mostram o ex-diretor colocando diversos itens no veículo utilizado na fuga, incluindo materiais destinados ao cuidado do animal.

Em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal descreveu a sequência de ações registrada pelas câmeras. “Aproximadamente às 19h14min, colocou mais coisas no banco de trás, inclusive ração e muitos sacos de tapete higiênico para cães, pelo lado do passageiro. Aproximadamente às 19h22min, foi para o carro carregando potes comedouros para ração e conduzindo um cachorro, aparentando ser da raça pitbull, e saiu”, relatou a PF ao STF.

Após cruzar a fronteira, Silvinei Vasques foi localizado e preso nesta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, quando tentava embarcar para El Salvador utilizando um passaporte falso. Ele deverá ser entregue à Polícia Federal brasileira nas próximas horas.

Assim que foi informado sobre a fuga, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão preventiva do ex-diretor da PRF. Até o momento, não há informações oficiais sobre a situação ou o destino do cachorro levado durante a fuga.