» Sociedade

Cooperação técnica reforça combate ao furto de energia e mira prejuízo anual de R$ 300 milhões em Alagoas

Acordo entre Polícia Científica e distribuidora de energia prevê perícias especializadas, produção de laudos e responsabilização criminal de infratores

Termo de cooperação técnica foi firmado na manhã desta terça-feira (30) - Fotos: Ascom Polícia Científica

Um termo de cooperação técnica firmado nesta terça-feira (30/12) passa a fortalecer o enfrentamento ao furto de energia elétrica em Alagoas, prática ilegal que gera prejuízos estimados em cerca de R$ 300 milhões por ano. A iniciativa estabelece uma atuação integrada voltada à produção de provas técnicas, à apuração de crimes e à responsabilização dos envolvidos em ligações clandestinas e outros procedimentos irregulares.

Pelo acordo, a Polícia Científica ficará responsável pela realização de perícias especializadas, com a elaboração de laudos detalhados que descrevem métodos utilizados, análises técnicas e conclusões periciais. Esses documentos irão subsidiar investigações criminais, garantindo maior segurança jurídica aos inquéritos e permitindo a reparação dos danos causados pelo desvio de energia.

As perícias serão realizadas a partir de demandas previamente agendadas e direcionadas, com foco principal em unidades consumidoras de alta tensão ou de elevado consumo. O objetivo é identificar fraudes conhecidas popularmente como “gato”, além de outras manipulações que comprometem a rede elétrica e colocam em risco a segurança da população.

O acordo também prevê a criação de um Comitê de Acompanhamento e Monitoramento, formado por representantes das instituições envolvidas. O grupo será responsável por avaliar os resultados da cooperação, acompanhar a execução das perícias, propor ajustes operacionais e sugerir novas estratégias para ampliar a eficiência das ações.

Para os envolvidos, a parceria representa um avanço institucional no enfrentamento ao crime de furto de energia, ao mesmo tempo em que contribui para a modicidade tarifária, a ampliação de investimentos no setor e a promoção de justiça baseada em evidências técnicas e científicas. O termo terá vigência inicial de três anos, com possibilidade de prorrogação.