» Política

Câmara proíbe gênero neutro e exige linguagem simples em órgão público

Medida foi incluída em projeto que, originalmente, tratava de regras para simplificar a comunicação entre a administração pública e os cidadãos.

Nesta terça-feira (5/12), a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que institui uma política nacional de linguagem simples, com procedimentos a serem adotados pelos órgãos e entidades da administração pública em suas comunicações com a população. 

Durante a votação da proposta, o Plenário também aprovou emenda que incluiu proíbe o uso de linguagem neutra nesses órgão, como "todes", usado comumente para se referir a pessoas que não se identificam com o gênero masculino ou feminino.

O Projeto de Lei 6256/19, que institui uma política nacional de linguagem simples, de autoria da deputada, foi aprovado na forma do substitutivo do deputado Pedro Campos (PSB-PE). A matéria será enviada ao Senado.

Pelo texto, os órgãos e entidades da administração pública direta e indireta de todos os entes federativos deverão definir, depois de 90 dias da publicação da futura lei, um encarregado pelo tratamento da informação em linguagem simples.

Ele terá as atribuições de fazer o treinamento dos comunicadores do órgão sobre as técnicas da linguagem simples e supervisionar a aplicação da futura lei em seu órgão. Suas informações de contato deverão ser divulgadas preferencialmente no site do órgão.

Municípios com menos de 50 mil habitantes não precisarão seguir a lei se isso implicar aumento de despesas e a regulamentação caberá aos poderes de cada ente da federação.