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Viúva de motorista que morreu em tragédia na Serra da Barriga pediu para ele não ir

A vítima disse ter que ir para trazer o sustento de sua casa

Luciano e Maria das Graças - Fotos: Rogério Costa/Montagem OAlagoano

A viúva do motorista Luciano de Queiroz Araújo, de 47 anos, Maria das Graças, pediu para que ele não fizesse o trajeto para a Serra da Barriga no dia em que a tragédia aconteceu. Além de Luciano, outras 17 pessoas perderam a vida após o ônibus em que estavam cair de um precipício neste domingo (24).

Em entrevista à GazetaNews Maria das Graças afirmou que no dia em que a tragédia aconteceu pediu para que o esposo não fosse, mas que ele disse precisar ir para ganhar o pão de cada dia e trazer o sustento para a casa.

“Quando saiu de casa ontem, ele disse: ‘Esse ônibus não vai subir’. Eu disse: ‘Não vá não’. E ele disse: ‘Eu tenho que ir porque tenho que ganhar o pão de cada dia para sustentar vocês’”, informou a viúva, que descreveu o marido como um homem guerreiro que nunca deixou nada faltar para ela e para as filhas.

“Não é porque era meu marido, mas era um homem de bem, um homem que morreu lutando pelo que gostava de fazer: ser motorista”. Além disso, Maria das Graças informou que o marido fez de tudo para salvar a própria vida e a dos 48 passageiros. “Ele batalhou até o fim. Porque ele queria proteger, ele que estava na direção. Ele fez o que não pode”, relatou.

Maria das Graças afirmou, por fim, que o que mais queria hoje era estar com o marido vivo. “Infelizmente, final de ano, foi essa tragédia com ele e com muitos entes queridos que estão passando pela mesma dor que estou passando. Hoje, infelizmente, ele está no caixão. Não imaginaria de um dia vir acontecer com um ente querido, principalmente, um marido, um companheiro, um pai maravilhoso, um marido maravilhoso".

*Com informações de Gazeta News