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Em carta escrita à mão, Flordelis relata AVC, desmaio e convulsões na prisão: "Preciso de ajuda"

Ex-deputada afirma sofrer com problemas de saúde e pede ajuda para receber tratamento médico adequado

Em carta escrita à mão, Flordelis relata AVC, desmaio e convulsões na prisão - Fotos: Reprodução/Instagram

A pastora e ex-deputada Flordelis, que cumpre pena de 50 anos de prisão pelo assassinato do marido, divulgou, na noite desta quarta-feira (19/2), uma carta escrita à mão em que relata problemas graves de saúde e pede ajuda às autoridades. Ela está presa há quatro anos na Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro, e afirma estar lutando pela própria vida devido a complicações médicas.

No texto, endereçado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, Flordelis menciona uma série de problemas de saúde, incluindo síndrome do pânico, fobia social, depressão, AVC, crises convulsivas, insuficiência renal, princípio de infarto e incontinência urinária. "Estou me urinando toda", desabafou. A defesa da ex-parlamentar anexou o documento ao processo de execução penal e voltou a pedir sua transferência para tratamento fora da prisão.

O advogado Renato Loureiro, que representa Flordelis, reforçou a gravidade da situação. "Flordelis está morrendo na prisão. Precisa sair urgentemente para se tratar com médicos particulares", afirmou em entrevista ao jornal O Globo.

Além dos problemas de saúde, a ex-deputada denuncia negligência no atendimento médico dentro da unidade prisional. Segundo a carta, ela teria sofrido uma queda dentro da cela, resultando em fraturas no rosto e na cabeça, além da quebra de dentes, o que dificultaria sua alimentação. Mesmo após o acidente, Flordelis afirma que não passou por exames adequados, como um raio-X para avaliar possíveis lesões.

Ela também lista outros exames médicos urgentes que ainda não foram realizados, como um holter para monitoramento cardíaco e uma ultrassonografia total do abdômen, recomendados para investigar seus sintomas. A ex-deputada alega ainda que enfrenta episódios de alucinação, ouvindo vozes e vendo vultos dentro da prisão. Para lidar com isso, diz se dedicar ao crochê e a atividades religiosas.

Flordelis já tentou, anteriormente, conseguir a prisão domiciliar humanitária, benefício normalmente concedido a detentos com quadro clínico grave ou idade avançada. No entanto, até o momento, seus pedidos foram negados pela Justiça.