O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) formalizou, nesta terça-feira (29/4), uma nova acusação criminal contra Albino dos Santos Lima, apontado como responsável por uma série de assassinatos em Maceió nos últimos anos. A denúncia se refere a um duplo homicídio ocorrido em fevereiro de 2020, no Conjunto Jardim Petrópolis, na Chã da Jaqueira, bairro da parte alta da cidade.

As vítimas, identificadas como Antônio de Oliveira Melo Neto e Maria Claudiana da Silva, foram atingidas com vários disparos de arma de fogo dentro de sua residência no dia 17 de fevereiro, por volta das 10h. Antônio faleceu no momento dos tiros, enquanto Maria foi socorrida ainda com vida, mas também veio a falecer pouco tempo depois.

Embora, inicialmente, outras pessoas fossem apontadas como autoras do crime, a investigação levou a um novo desfecho após a prisão de Albino em setembro de 2024, quando ele foi detido durante apurações sobre o assassinato da jovem Anna Beatriz Santos Tavares, de 13 anos.

A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) descobriu que Albino estava diretamente envolvido em uma série de homicídios em várias regiões da cidade, do bairro da Levada à orla lagunar. Durante as investigações, imagens de câmeras de segurança mostraram Albino seguindo Beatriz antes de seu assassinato.

A operação que resultou na prisão de Albino também apreendeu uma pistola calibre 380, roupas escuras, máscaras e seu celular, o qual revelou informações detalhadas sobre seus crimes. Entre os arquivos encontrados, estavam listas com datas, fotos das vítimas e até reportagens relacionadas aos assassinatos, indicando que ele armazenava as execuções de forma sistemática.

Em relação ao duplo homicídio de 2020, as investigações apontam que Albino teria registrado imagens da casa das vítimas antes do crime. Além disso, descobriu-se que o acusado teria invadido o imóvel cerca de um mês antes do assassinato, ateando fogo no local..

O Ministério Público, no decorrer das investigações, afirma que Albino pode ser considerado um possível serial killer, devido à natureza repetitiva e calculada de seus crimes. Para aprofundar a apuração, o MP solicitou uma avaliação psicológica e psiquiátrica do acusado. A prisão de Albino segue sendo mantida, enquanto novas denúncias devem ser feitas em breve, à medida que mais provas sejam reunidas.