O Tribunal do Júri da 5ª Vara Criminal de Arapiraca condenou José de Farias Silva a 18 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado pelo feminicídio de Thalita Borges de Araújo, ocorrido em fevereiro de 2023. O juiz Alberto de Almeida, que presidiu o julgamento, determinou ainda o pagamento de indenização no valor de R$ 15 mil ao filho menor da vítima.

O crime aconteceu no bairro Cacimbas após o réu marcar encontro com Thalita, que trabalhava como garota de programa. Segundo as provas apresentadas pelo Ministério Público, José de Farias agiu com extrema violência ao desferir seis facadas na vítima, que mesmo ferida conseguiu sair do imóvel para pedir socorro, mas não resistiu aos ferimentos.

Durante o julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu por maioria as qualificadoras de motivo fútil e feminicídio. O juiz destacou em sua sentença a frieza do réu, que insistiu em contatos via WhatsApp após ser informado da indisponibilidade da vítima e retornou ao local para cometer o crime. A decisão ressaltou ainda o profundo impacto social do caso, que gerou comoção e sentimento de insegurança na comunidade.

Com base na soberania do júri popular e nos entendimentos do STF, o magistrado determinou a prisão imediata e o início do cumprimento da pena em regime fechado. O caso se tornou emblemático no combate à violência contra mulheres na região.