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"Tarifaço" de Trump afetará agronegócio; Eduardo Bolsonaro afirma ter articulado medida com Trump

Enquanto bolsonarismo culpa STF, setores econômicos expressam preocupação com impacto no comércio bilateral

Eduardo Bolsonaro ao lado do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro - Fotos: Reprodução/Instagram

O anúncio do presidente norte-americano Donald Trump sobre a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos gerou reações divergentes no Brasil. Enquanto aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro atribuíram a medida a supostos "abusos" do ministro do STF Alexandre de Moraes, representantes de importantes setores econômicos manifestaram preocupação com os impactos comerciais.


A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) emitiu nota alertando que a medida terá "reflexos diretos" no agronegócio nacional, afetando o câmbio, aumentando custos de insumos importados e reduzindo a competitividade das exportações brasileiras. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a decisão como "sem justificativa" econômica, destacando que os EUA são o terceiro maior parceiro comercial do Brasil e principal destino das exportações da indústria de transformação.

Em contraste, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente morando nos EUA, afirmou em nota que a medida seria uma resposta aos "abusos" de Moraes, alegando ter participado de articulações com o governo Trump para apresentar "a realidade que o Brasil vive hoje". O parlamentar chegou a chamar a taxação de "tarifa-Moraes".

O presidente Lula informou que o Brasil responderá através da Lei de Reciprocidade Econômica, enquanto Trump sugeriu que poderia rever a medida caso o Brasil abrisse seu mercado e removesse barreiras comerciais. A Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) manifestou "profunda preocupação" com os possíveis impactos sobre empregos e cadeias produtivas integradas, defendendo a retomada urgente do diálogo entre os governos.

Com informações do Portal Metrópoles.