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Ministério da Justiça lança cadastro nacional contra receptação de celulares

Nova ferramenta permite consulta gratuita sobre aparelhos roubados ou furtados antes da compra

Cadastro único informará sobre celulares roubados ou extraviados - Fotos: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Arquivo

O Ministério da Justiça e Segurança Pública implementou nesta segunda-feira (14) o Cadastro Nacional de Celulares com Restrição (CNCR), sistema que unifica em uma única plataforma todos os registros de aparelhos móveis reportados como roubados, furtados ou extraviados no país. A iniciativa, que integra o programa Celular Seguro, oferece ao consumidor a possibilidade de verificar gratuitamente o status de qualquer dispositivo antes da aquisição, especialmente importante no mercado de usados.


Segundo o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto, "o cidadão tem o direito de saber se o celular que está comprando é roubado ou não". A ferramenta representa um avanço no combate à receptação qualificada, problema que movimenta o crime organizado em todo o território nacional. Dados da Anatel revelam que o sistema já conta com mais de 2,6 milhões de usuários cadastrados e integra a base global da agência reguladora.

Como funciona a consulta

Para verificar um aparelho, basta:

- Baixar o aplicativo Celular Seguro (disponível para Android e iOS)
- Acessar a opção "Celulares com Restrição"
- Inserir o número IMEI (15 dígitos) ou escanear o código de barras
- Digitar *#06# no teclado de chamadas para identificar o IMEI do dispositivo

Caso não haja restrições, o sistema emitirá um alerta confirmando que o aparelho está liberado para uso. A medida visa principalmente proteger consumidores de adquirirem produtos bloqueados por determinação judicial, que se tornam inutilizáveis pelas operadoras.

Impacto na segurança pública


- Redução em até 40% do mercado ilegal de celulares
- Integração de bancos de dados estaduais e federais
- Prevenção antes da consumação do crime de receptação
- Proteção ao comércio formal de dispositivos móveis

A iniciativa surge como resposta ao crescimento de roubos de aparelhos celulares, que representam cerca de 30% dos crimes contra o patrimônio no Brasil. Para o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, "É uma ação de prevenção que protege o cliente antes mesmo de ele adquirir o telefone", fortalecendo a segurança pública e os direitos do consumidor.