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Bactéria 'carnívora' preocupa autoridades nos EUA com aumento de casos em praias
Vibrio vulnificus, que causa infecções graves e pode ser fatal, se prolifera em águas aquecidas e após tempestades

Além dos já conhecidos riscos com tubarões, as praias americanas enfrentam uma ameaça microscópica, porém perigosa: a bactéria Vibrio vulnificus, popularmente chamada de "carnívora". Com casos em ascensão neste verão, inclusive em pontos turísticos como o píer de Santa Mônica (Califórnia), a bactéria tem levado autoridades a emitir alertas e até proibir banhos em algumas regiões.
A Vibrio vulnificus ocorre naturalmente em ambientes aquáticos, mas se multiplica rapidamente entre maio e outubro, quando as temperaturas sobem. Sua forma mais grave de infecção, a fasceíte necrosante, destrói tecidos em torno de feridas abertas e pode ser fatal se não tratada a tempo. Segundo o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), os EUA registram cerca de 80 mil casos anuais de vibrioses, sendo a maioria por consumo de frutos do mar crus, como ostras contaminadas.
Em 2024, a Flórida já confirmou 11 infecções e quatro mortes, enquanto no ano passado houve registros fatais em Connecticut e Nova York. Especialistas associam o aumento a dois fatores principais:
- Mudanças climáticas, que elevam a temperatura da água, criando condições ideais para a bactéria.
- Eventos climáticos extremos, como furacões, que espalham a Vibrio através de enchentes e ressacas.
Um estudo na Scientific Reports mostrou que infecções por feridas causadas pela bactéria aumentaram oito vezes entre 1988 e 2018. Projeções indicam que, até 2081, ela pode atingir toda a costa leste dos EUA se o aquecimento global persistir.
Sintomas e grupos de risco
- Por ingestão: Diarreia aquosa, cólicas, náuseas, febre e calafrios.
- Por feridas: Vermelhidão, dor intensa, inchaço e secreções.
Pessoas com sistema imunológico frágil, como idosos e portadores de doenças crônicas, são as mais vulneráveis.
Como se proteger
Autoridades recomendam:
- Evitar nadar com feridas expostas.
- Lavar bem machucados após contato com água do mar ou estuarina.
- Cozinhar frutos do mar adequadamente.
- Ficar atento a alertas de qualidade da água.
Enquanto isso, cientistas alertam que o problema deve se agravar, tornando a vigilância e a prevenção ainda mais urgentes. "É uma tendência crescente que nos preocupa muito", destacou Antarpreet Jutla, especialista da Universidade da Flórida.
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