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Novo Cartão Nacional de Saúde substitui CNS pelo CPF para integrar dados do SUS; entenda
Medida deve inativar 111 milhões de cadastros até abril de 2026 e facilita acesso e gestão de informações de saúde para cidadãos e gestores públicos

A partir de agora, todos os cidadãos passam a contar com um novo Cartão Nacional de Saúde, que exibe o nome e CPF em substituição ao antigo número do Cartão Nacional de Saúde (CNS). A novidade, apresentada nesta terça-feira (16/9) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, prevê a inativação de 111 milhões de cadastros até abril de 2026. Desde julho, 54 milhões de registros sem CPF já foram suspensos, mas pacientes sem CPF continuam sendo atendidos normalmente pelo SUS.
O processo faz parte de uma limpeza do CADSUS, base de cadastros do SUS, iniciada em julho de 2025, que reduziu os registros ativos de 340 milhões para 286,8 milhões. Destes, 246 milhões já estão vinculados ao CPF, e 40,8 milhões permanecem sem CPF, em fase de análise para inativação. A ação também corrige registros inconsistentes ou duplicados.
Segundo Alexandre Padilha, a mudança garante mais eficiência, segurança e integração de dados, combatendo desperdícios, fortalecendo pesquisas e melhorando o planejamento de políticas públicas de saúde. “Estamos dando um passo decisivo rumo a uma revolução tecnológica no SUS, tornando o CPF o identificador único dos cidadãos”, destacou o ministro.
A ministra Esther Dweck reforçou que a iniciativa fortalece a cidadania e a integração digital, permitindo que dados de saúde, educação, assistência social e trabalho sejam compartilhados de forma segura. Ela ressaltou que o sistema nacional será inclusivo, confiável e eficiente, beneficiando tanto a população quanto gestores públicos.
A integração facilita o acesso aos serviços de saúde. Por exemplo, uma mãe poderá levar apenas o CPF do filho para vaciná-lo, consultando todo o histórico de vacinas pelo aplicativo Caderneta Digital da Criança. Para os gestores, a unificação garante bases mais seguras, confiáveis e integradas, permitindo avaliar políticas públicas e combater fraudes.
O novo cartão já está disponível no CADSUSWEB, utilizado por gestores, e em breve será acessível pelo Meu SUS Digital. Não é necessária a impressão do documento, que estará disponível em formato digital. Para cidadãos sem CPF, será mantido um cadastro temporário válido por até 1 ano. Grupos como estrangeiros, indígenas e ribeirinhos continuarão identificados pelo CNS, que passa a ser registro secundário e complementar ao CPF.
Todos os sistemas do SUS serão readequados para utilização do CPF, incluindo a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Prontuário Eletrônico da Atenção Primária, com conclusão prevista para dezembro de 2026. A base CADSUS será integrada à Infraestrutura Nacional de Dados (IND), permitindo compartilhamento seguro de informações com outros órgãos federais, como IBGE e CadÚnico.
Segundo Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital, a federalização da RNDS permitirá que estados e municípios tenham acesso em tempo real a dados de saúde, ampliando a capacidade de monitorar, avaliar e desenvolver políticas públicas com base populacional.
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