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Consciência Negra: feriado nacional completa dois anos e Serra da Barriga deve receber milhares de visitantes
Marco da resistência negra em União dos Palmares se prepara para homenagear Zumbi e receber autoridades e caravanas de todo o país
Pelo segundo ano consecutivo como feriado nacional, o Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quinta-feira (20), deve movimentar União dos Palmares e transformar a Serra da Barriga — berço do Quilombo dos Palmares — em um dos epicentros das comemorações no Brasil. O local, considerado Patrimônio Cultural do Mercosul e símbolo maior da resistência negra, deve receber milhares de visitantes, incluindo autoridades, grupos culturais e caravanas vindas de diversos estados.
O feriado, oficializado pela Lei 14.759/2023, reconhece oficialmente, em todo o território nacional, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Antes da sanção, seis estados e mais de 1.200 municípios já tratavam a data como feriado ou ponto facultativo, mas a inclusão no calendário nacional ampliou sua importância social e reforçou a necessidade de reflexão sobre o legado afro-brasileiro.
A escolha do 20 de novembro como símbolo de luta nasceu em 1971, quando jovens negros de Porto Alegre criaram o Grupo Palmares e resgataram a história de Zumbi — último líder do Quilombo dos Palmares, assassinado em 1695. O movimento deu origem a um processo que, décadas depois, transformou a data em marco nacional.
A política educacional também evoluiu ao longo do tempo: em 2003, a Lei 10.639 determinou o ensino obrigatório da história afro-brasileira nas escolas, e em 2011 o Governo Federal oficializou o 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
Em 2025, a data volta a movimentar o país como feriado pela segunda vez, destacando o protagonismo da população negra — maioria no Brasil — e convidando a sociedade a refletir sobre racismo, desigualdade e representatividade.
Na Serra da Barriga, monumento vivo da memória quilombola, a expectativa é de intensa programação cultural e espiritual, com celebrações que reafirmam a ancestralidade africana e o legado do maior território de resistência negra das Américas. Entre cortejos, rodas de capoeira, missas afro, rituais de matriz africana, apresentações culturais e agendas políticas, o espaço se torna mais uma vez palco de homenagem, conscientização e afirmação histórica.
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