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Acusado de matar a esposa em Maceió é condenado a 32 anos de prisão

Réu deverá ainda pagar indenização de R$ 40 mil aos herdeiros da vítima; julgamento ocorreu nesta terça (6), no Fórum do Barro Duro

Júri popular - Fotos: Dicom TJAL

A Justiça de Alagoas condenou Alison José Bezerra da Silva a 32 anos e oito meses de reclusão pela morte de sua esposa, a advogada Maria Aparecida da Silva Bezerra. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (6/8), no Fórum de Maceió, localizado no bairro Barro Duro.

Durante o julgamento, a defesa pediu a absolvição do réu por clemência, mas o pedido foi rejeitado pelos jurados. Também foram recusados os pedidos de exclusão da qualificadora do feminicídio e de reconhecimento da semi-imputabilidade.

Alison Bezerra foi condenado por homicídio qualificado, abrangendo motivos torpes, meio cruel e feminicídio. O julgamento foi conduzido pelo juiz Yulli Roter, da 7ª Vara Criminal da Capital.

A decisão judicial apontou que Alison mantinha uma relação abusiva com sua esposa. Antes do feminicídio, ele já havia praticado outras formas de violência, incluindo controlar a localização da vítima por meio de câmeras e agredi-la física e verbalmente.

"O crime foi praticado com premeditação, considerando que o réu fechou as portas de sua residência para impedir que a vítima fugisse, e desligou a câmera do cômodo onde o crime foi praticado, para tentar se manter impune", afirmou o juiz Yulli Roter.

Alison Bezerra cumprirá a pena em regime fechado. Além disso, ele foi condenado a pagar uma indenização de R$ 40 mil por danos morais aos herdeiros da vítima.

O crime ocorreu em julho de 2022, no bairro Antares, parte alta de Maceió. Maria Aparecida da Silva Bezerra foi morta em casa, a facadas. Em depoimento, o réu confessou o crime.