Segundo informações levantadas pelo portal O Alagoano junto a fontes ligadas ao Hospital Regional da Mata (HRM), em União dos Palmares, as demissões de servidores na unidade estariam sendo motivadas pela tentativa de “economizar recursos”. Desde que Pablo Anselmo Suisso Chagas assumiu a direção do hospital, cerca de 200 profissionais podem ter sido desligados, sem que haja reposição imediata, segundo relatos internos.

Pacientes relatam longas esperas e sobrecarga dos profissionais que permanecem na unidade. “Eu precisei de atendimento no HRM e, além da demora, o mesmo médico que me atendeu na triagem foi quem me atendeu no consultório. Estava visível o cansaço do profissional, que atendia muitos pacientes ao mesmo tempo”, disse um paciente que preferiu não se identificar.

Um médico que foi demitido destacou que o serviço de Neurologia foi encerrado, obrigando pacientes a se deslocarem para outras cidades em casos de urgência. “Infelizmente, a atual gestão decidiu encerrar o serviço de Neurologia no hospital. Lamento sinceramente essa escolha, pois sei o quanto o atendimento neurológico é essencial para a população — especialmente em um contexto de tantas carências e desigualdades”, afirmou o profissional.

Fontes do HRM afirmam ainda que, apesar da alegação de economia, não há registro de contratações para repor os desligamentos. Segundo elas, a decisão de cortar pessoal ocorre enquanto investimentos milionários em outros setores públicos são noticiados, incluindo equipamentos e suplementos para órgãos estaduais, levantando questionamentos sobre a prioridade de recursos.

O portal O Alagoano procurou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) desde o último dia 27 de outubro para esclarecer os desligamentos, o número exato de profissionais dispensados e o impacto nos atendimentos, mas não houve retorno oficial até o momento.

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