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Estudo revela situação crítica das obras públicas paralisadas no Brasil
Segundo levantamento da CNM, existem 9.693 obras paradas no Brasil desde 2007, espalhadas por 3.132 municípios

Um estudo realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revelou a preocupante situação das obras públicas paralisadas em diversas localidades do Brasil. A CNM, que acompanha de perto toda a situação, publicou um levantamento completo sobre a realidade enfrentada pelos gestores municipais em relação a obras que poderiam beneficiar a população.
Segundo o estudo, existem 9.693 obras paradas no Brasil desde 2007, espalhadas por 3.132 municípios. Isso significa que mais de 56% dos municípios brasileiros (5.568) possuem pelo menos uma obra parada. O valor contratado, pactuado ou empenhado para essas obras, corrigido, totaliza R$ 63,1 bilhões.
A maior parte das obras paradas está na área da educação, representando 51% do total. Em seguida, vêm as obras de habitação (22%) e saúde (20%). O estudo também destaca que, entre o valor empenhado e o efetivamente pago, há uma diferença de mais de R$ 17,6 bilhões, corrigidos, que ainda precisam ser repassados pelo governo federal aos municípios para que as obras sejam concluídas.
Os valores empenhados no painel de obras do Transferegov são elevados, refletindo o comprometimento orçamentário para as obras. Uma parte significativa desses empenhos (35%) está concentrada na plataforma Transferegov, incluindo as obras de saneamento básico, que são particularmente onerosas para os municípios.
A CNM destacou que tem participado ativamente de todas as tentativas de solucionar o problema das obras paradas e inacabadas. Isso inclui a atuação em grupos de trabalho, reuniões com ministérios, subsídios para legislações no Congresso Nacional e nos órgãos de controle. A responsabilidade pela paralisação das obras é uma questão complexa, envolvendo diversos entes e fatores. Um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) mapeou de maneira minuciosa os entraves e gargalos que precisam ser corrigidos para evitar o desperdício do dinheiro público.
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